Borrachudos preocupam áreas rurais de Taió e tema é debatido na Câmara de Vereadores

O combate aos borrachudos foi tema de debate na sessão desta semana da Câmara de Vereadores de Taió. A discussão contou com a participação do técnico da Epagri, Gilmar Dallamaria, que usou a tribuna para explicar as ações necessárias para controlar a proliferação do inseto, que é um incômodo frequente para quem vive ou trabalha na zona rural.

Diferente do mosquito da dengue, que se desenvolve em água parada, o borrachudo precisa de água corrente para completar seu ciclo de vida. "Ele se instala em córregos, rios e riachos. No interior, é comum encontrá-lo nesses ambientes", explicou Dallamaria.

O técnico destacou que o combate mais eficaz acontece na fase de larva, momento em que o inseto se alimenta de matéria orgânica em águas mais turvas. Manter rios e córregos limpos, retirando galhos, troncos e folhas, é uma das ações preventivas mais importantes. "É onde o borrachudo se fixa, entre cinco e sete centímetros acima da água", disse.

O controle biológico é feito com a aplicação do larvicida BTI, que, segundo a Epagri, não prejudica outras formas de vida aquática, como peixes, sapos e rãs. O custo elevado do produto — cerca de R$ 200,00 por litro — exige planejamento para o uso eficiente. “Desde o ano passado temos realizado reuniões em comunidades mais afetadas, gerando mapas e definindo pontos estratégicos para aplicação”, relatou o técnico.

Durante o inverno, a proliferação do borrachudo diminui devido às temperaturas mais baixas. Porém, com a chegada do calor, o alerta nas áreas rurais volta a crescer. Para interromper o ciclo do inseto, a recomendação é reaplicar o larvicida a cada 15 a 21 dias, cobrindo toda a extensão dos cursos de água. “Se a aplicação for bem feita, em três ou quatro horas os borrachudos estarão eliminados”, concluiu.

Com informações: Albanir Buzzi Júnior / Câmara de Vereadores de Taió