Jovem é preso em Agrolândia por incentivar automutilação de adolescentes pela internet

Um jovem de 18 anos foi preso na manhã desta segunda-feira (15) em Agrolândia, no Alto Vale do Itajaí, acusado de incentivar adolescentes à prática de automutilação por meio da plataforma Discord. A prisão ocorreu após solicitação da Justiça de São Paulo, que expediu mandados de prisão temporária e de busca e apreensão.

De acordo com as investigações, o suspeito utilizava grupos virtuais para coagir e estimular jovens a cometerem atos de automutilação. Em um dos casos apurados, ele teria orientado uma adolescente a gravar, com uma navalha, o nome de uma delegada no próprio corpo, como forma de provocação às autoridades policiais.

A ação foi conduzida pela 3ª Delegacia de Crimes Cibernéticos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de São Paulo, em conjunto com a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Deic de Santa Catarina. As equipes se deslocaram até a residência do suspeito, onde cumpriram as ordens judiciais.

Durante as buscas, os policiais apreenderam um computador desktop e um telefone celular, além de diversos arquivos digitais. Conforme a Polícia Civil, foram encontradas imagens e vídeos que mostram jovens praticando automutilação, além de conteúdos de cunho sexual envolvendo menores de idade, o que resultou também na prisão em flagrante do investigado.

Ainda segundo os investigadores, parte do material apreendido apresenta símbolos associados ao nazismo, como a suástica, além de registros com nomes de autoridades policiais gravados na pele das vítimas, o que caracteriza tentativa de intimidação e afronta às instituições.

O jovem foi encaminhado à 7ª Delegacia Regional da Polícia Civil, no Complexo Carlos Roberto Bastos Miguel, em Rio do Sul, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante. Os equipamentos apreendidos serão submetidos à perícia técnica para aprofundar as investigações e identificar possíveis outras vítimas e envolvidos.

O caso segue sob responsabilidade das Polícias Civis de Santa Catarina e de São Paulo, que apuram a extensão dos crimes e a atuação do suspeito em redes e grupos virtuais.